No meio deles abraço-os,
Mas não consigo.
Dão algo de si para me cobrir,
Contudo, já não existo para o sentir.
Agradeço cada momento,
Cada instante do pensamento,
Recordo, chorando, a amizade
Tamanha generosidade.
Acalmo com o carinho,
Com o cuidado.
Aceno, sorrio deleitado.
Eis que me prostro
Face à eternidade,
Deixo apenas a imagem
Da minha efemeridade.
29 agosto 2006
27 agosto 2006
Adeus...
Semântica
De perder,
De ilusão,
De rendição,
De vazio.
Contexto
De brevidade,
De efemeridade,
De momento,
De ausência perpétua.
Imagens desfocadas,
Palavras adiadas,
Vidas paradas.
De perder,
De ilusão,
De rendição,
De vazio.
Contexto
De brevidade,
De efemeridade,
De momento,
De ausência perpétua.
Imagens desfocadas,
Palavras adiadas,
Vidas paradas.
21 agosto 2006
(Des)espero
Espero deixar de respirar,
Deixar de sentir,
Conseguir dormir.
Não me preocupar
Porque estou a tremer,
Se pararei de sofrer
A tudo abandonar.
Sei ver-me sorrir
Vendo tudo sair.
Desespero não acabar.
Deixar de sentir,
Conseguir dormir.
Não me preocupar
Porque estou a tremer,
Se pararei de sofrer
A tudo abandonar.
Sei ver-me sorrir
Vendo tudo sair.
Desespero não acabar.
06 agosto 2006
Espelho
Desmascarado?
Demente,
Ignorado, ignorante,
Inocente amante,
Descrente.
Corpo mutilado,
Disciplinado
Abandonado
Despedaçado.
Contorno desfigurado,
Tonitruante olhar,
Disforme, perdido,
Que jamais queres encontrar.
Não é alucinação.
Sofres da inevitabilidade,
Sofres da ilusão,
Da eternidade.
Não tens nada.
Não és nada.
Apenas vida passada.
Vês?
É o que és!
Sofrer…
Amar…
É morrer.
Demente,
Ignorado, ignorante,
Inocente amante,
Descrente.
Corpo mutilado,
Disciplinado
Abandonado
Despedaçado.
Contorno desfigurado,
Tonitruante olhar,
Disforme, perdido,
Que jamais queres encontrar.
Não é alucinação.
Sofres da inevitabilidade,
Sofres da ilusão,
Da eternidade.
Não tens nada.
Não és nada.
Apenas vida passada.
Vês?
É o que és!
Sofrer…
Amar…
É morrer.
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